“…a Câmara receberia como contrapartida pela cedência dos terrenos um dos prédios com os apartamentos completamento equipados. Era um edifício muito grande, seguramente vinte ou trinta apartamentos, numa zona que aos preços do mercado era (e é) valiosíssima. Outro documento tinha o rol das pessoas a quem a Câmara tinha entregue os apartamentos. Havia advogados, arquitectos, engenheiros, médicos, muitos políticos e jornalistas. Aqui aparecia o nome de personagem proeminente na altura que era chefe de redacção na RTP.”
“…Quem tem estas casas gratuitas (é isso que elas são) é gente poderosa. Há assessores dispersos por várias forças políticas e a vários níveis do Estado, capazes de com uma palavra no momento certo construir ou destruir carreiras. Há jornalistas que com palavras adequadas favoreceram ou omitiram situações de gravidade porque isso era (é) parte da renda cobrada nos apartamentos da Quinta do Lambert e noutros lados. O silêncio foi quebrado agora que os media se multiplicaram e não é possível esconder por mais vinte anos a infâmia das sinecuras. Os prejuízos directos de décadas de venalidade política atingem muitos milhões.”
“Não se pode aceitar que esta comunidade de pedintes influentes se continue a acoitar no argumento de que habita as fracções de património público "legalmente". Em essência nada distingue os extorsionistas profissionais dos bairros sociais das Quintas da Fonte dos oportunistas políticos que de suplicância em suplicância chegaram às Quintas do Lambert. São a mesma gente. Só moram em quintas diferentes. Por esse país fora.” Viu-se o pacto do silêncio aqui!
“…Quem tem estas casas gratuitas (é isso que elas são) é gente poderosa. Há assessores dispersos por várias forças políticas e a vários níveis do Estado, capazes de com uma palavra no momento certo construir ou destruir carreiras. Há jornalistas que com palavras adequadas favoreceram ou omitiram situações de gravidade porque isso era (é) parte da renda cobrada nos apartamentos da Quinta do Lambert e noutros lados. O silêncio foi quebrado agora que os media se multiplicaram e não é possível esconder por mais vinte anos a infâmia das sinecuras. Os prejuízos directos de décadas de venalidade política atingem muitos milhões.”
“Não se pode aceitar que esta comunidade de pedintes influentes se continue a acoitar no argumento de que habita as fracções de património público "legalmente". Em essência nada distingue os extorsionistas profissionais dos bairros sociais das Quintas da Fonte dos oportunistas políticos que de suplicância em suplicância chegaram às Quintas do Lambert. São a mesma gente. Só moram em quintas diferentes. Por esse país fora.” Viu-se o pacto do silêncio aqui!
Hoje no público temos mais uns pequenos detalhes sobre os beneficiários das cunhas, num país, à beira do colapso económico, onde muito se queixa a classe média e com razão, que ainda não provou o quotidiano de quem apenas sobrevive com o ordenado mínimo ou ainda menos! Mas só tem problemas quem tem voz... ou ligação à net! Quem não tem voz, não tem problemas nem hipóteses de meter uma cunha para que lhe seja atribuído um T1 ou T2 no centro de Lisboa... ou muito simplesmente uma data de consulta ou de cirurgia num hospital público... porque, até aí, é preciso ter cunha!
Vergonha de país! E só pactos de silêncio! Insurjam-se, não deixem isto continuar!
1 comment:
e-ko,
Surprise, surprise.... ou será que não?
Mais uma continha no colar que nos estrangula.
E que tal serem um pouco mais claros, e dizerem ou escreverem de uma vez o quem, o como e o porquê daqueles que habitam essas casas sem terem direito a elas?
Belíssimo post.
Boa semana (apesar de tudo).
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