Ecos do Salão do Livro de Paris (14-19 de março) com 500 m2 dedicados à leitura e aos novos suportes numéricos:
O livro digital começa a coexistir pacificamente com o ainda bem sucedido livro de papel que atingiu, em França, um recorde de edição e venda de novidades, no ano de 2007, garantindo a subrevivência da edição clássica. São as gerações mais novas, as menos reticentes à utilização do livro electrónico.
Na imagem, o "kindle", o leitor digital lançado pela Amazon no fim do ano passado, um dos vários, três ou quatro, já existentes no mercado e que tem as dimensões dum livro de bolso que, apesar do elevado preço de lançamento, incluía alguns serviços, foi já um sucesso de vendas.
Não tenho qualquer reserva em relação à utilização de tais aparelhos, e, se o preço fosse mais abordável, talvez acabasse por adoptar um. Devo dizer, no entanto, que preferiria ter um computador suficientemente portátil, autónomo e polivalente, para não ter de ter várias maquinetas. Começo, desde há algum tempo, a ver o livro papel como um objecto de prazer, visual e táctil, a que só corresponde o livro como objecto de arte, e penso que é nesse domínio que vejo a sobrevivência, a longo prazo, das edições papel. É-me indiferente ler um livro de bolso com tiragens de papel de má qualidade ou um e-book, embora lamente que poucas obras, no nosso país, tenham uma dessas tiragens, apenas permitindo a sua difusão junto de classes mais favorecidas, no entanto, não fico indifrente a uma edição especial e ilustrada de qualquer obra.
O livro digital começa a coexistir pacificamente com o ainda bem sucedido livro de papel que atingiu, em França, um recorde de edição e venda de novidades, no ano de 2007, garantindo a subrevivência da edição clássica. São as gerações mais novas, as menos reticentes à utilização do livro electrónico.
Na imagem, o "kindle", o leitor digital lançado pela Amazon no fim do ano passado, um dos vários, três ou quatro, já existentes no mercado e que tem as dimensões dum livro de bolso que, apesar do elevado preço de lançamento, incluía alguns serviços, foi já um sucesso de vendas.
Não tenho qualquer reserva em relação à utilização de tais aparelhos, e, se o preço fosse mais abordável, talvez acabasse por adoptar um. Devo dizer, no entanto, que preferiria ter um computador suficientemente portátil, autónomo e polivalente, para não ter de ter várias maquinetas. Começo, desde há algum tempo, a ver o livro papel como um objecto de prazer, visual e táctil, a que só corresponde o livro como objecto de arte, e penso que é nesse domínio que vejo a sobrevivência, a longo prazo, das edições papel. É-me indiferente ler um livro de bolso com tiragens de papel de má qualidade ou um e-book, embora lamente que poucas obras, no nosso país, tenham uma dessas tiragens, apenas permitindo a sua difusão junto de classes mais favorecidas, no entanto, não fico indifrente a uma edição especial e ilustrada de qualquer obra.
4 comments:
E pronto, um dia haveria de poisar a nave em Europa, satélite de Júpiter.
"Je est un autre", Rimbaud, magnífico.
"Começo, desde há algum tempo, a ver o livro papel como um objecto de prazer, visual e táctil..." - eu não consigo passar sem esse prazer, sem ter o livro nas mãos, e espero que o livro em papel sobreviva. Vai certamente sobreviver. Mas um bom e-book também não faz mal a ninguém. O que faz falta.. é que se leia. Com ou sem ilustrações.
Bom fim de semana aí no planeta :)
bem vindo ao planeta!
li muitos livros, porque ainda não havia internet... pela web lê-se e escreve-se muita coisa interessante e, se no início das minhas viagens internetplanetárias ainda imprimia muitos textos porque sentia ainda uma grande necessidade do suporte, hoje já não o uso praticamente e posso passar muito tempo a ler textos longos no monitor sem me cansar, mas gosto muito de belos cadernos de notas manuscritas e de livros impressos em papel velin com qualidades artisticas de "mise en page" e desenhos ou pinturas gravadas, de preferência numerados.
E-Ko,
Obrigado pelas boas-vindas!
Engraçado, estive a ver o perfil e encontrei gostos comuns não muito comuns... Bach, Brassens, José Afonso (cada vez menos comum, infelizmente), Paredes, Lee Hooker (o John?) e etc... e nos livros, basta citar Les Chants de Maldoror, do genial (e auto-intitulado) Conde de Lautréamont - e, claro, poesia.
E ainda Godard e Metropolis...
Planeta interessante, este.
Quanto aos livros, leio muito na net, claro, é prático, mas livro é livro, mesmo que seja vulgar na apresentação. O gosto de folhear :)
Gostei de ler a tua apreciação sobre esta questão. Para mim, o livro "livro", de papel, será sempre o mais desejado e procurado. No entanto, julgo que o e-book pode conviver com os outros da melhor forma.
No futuro, ambos estarão disponíveis e a leitura há-de fazer-se de ambas as formas. Assim me parece...
Tudo o que possa incrementar e facilitar o prazer da leitura é bem-vindo! Os aspectos relacionados com custos também não deverão ser ignorados. É inacreditável o preço actual de um livro!
Bjs! :)
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