10.3.08

os 365 dias na vida das mulheres...
ou a evidente ilusão da igualdade!

Perguntava a Cristina, no Contra Capa (desta vez não há link para o post, porque não tem título, é procurar no dia 8 de março), no seu postal dedicado ao dia internacional da mulher, o que já tinham feito os seu comentadores para contribuirem para a igualdade entre mulheres e homens... eu, que não fiz postal nesse dia sobre o assunto disse-lhe que ia fazendo textos ao longo do ano e que tinha educado o meu filho para a efectiva igualdade de direitos e deveres entre os dois sexos.
Mas embora, muita gente continue a não querer ver a realidade, por ignorância ou má fé, os números, valendo o que possam valer, obrigam-nos a uma leitura mais fina do que se vai passando, camuflado, nas nossas sociedades. Fui lendo por aí, no dia 8, que a violência doméstica nos nossos países ocidentais tem uma taxa bastante elevada e que é tão frequente nos Estados Unidos como em Espanha, e, que as diferenças de salários entre homens e mulheres, para um posto de trabalho e formação idênticos, são ainda suficientemente significativos para serem preocupantes, assim como a distribuição de empregos precários ou a tempo parcial em que as mulheres são maioritárias.
A vida das mulheres portuguesas comparada com a das inglesas: "As operárias portuguesas sofrem de níveis mais elevados de stresse por, globalmente, trabalharem no emprego e em casa 67 horas por semana, contra 50 horas na Inglaterra. No que diz respeito aos afazeres domésticos, as portuguesas que vivem em conjugalidade despendem 22 horas por semana, contra as 11 horas das britânicas. O stresse familiar é tanto maior quanto maior a família e as mulheres são quem mais padece desse problema, sobretudo no emprego. Nos casais em que ambos os cônjuges trabalham, as mulheres gastam 17% do seu tempo com tarefas em casa, contra os 7% despendidos pelos homens."

Depois, as flores do dia internacional da mulher, para esconder a desigualdade de tramento, no lar doce lar e na sociedade em geral: "A violência contra as mulheres ganhou visibilidade nos media nas últimas décadas, sobretudo nos casos extremos como o homicídio, mas existe "uma violência endémica" grave que continua na obscuridade.

A análise é de Rita Basílio de Simões, que lança hoje em livro a dissertação de mestrado em Comunicação e Jornalismo "A Violência contra as Mulheres nos Media Lutas de Género no Discurso das Notícias (1975-2002)". De acordo com esta investigadora da Universidade de Coimbra, a violência "endémica contínua" inclui os maus tratos psicológicos e "fica completamente na obscuridade, apesar de causar milhares de vítimas".

"Verifica-se ainda "uma certa tendência para desresponsabilizar o agressor" nas notícias analisadas. Na perspectiva de Rita Basílio de Simões, é importante a diversificação das fontes de informação. A eleição de formatos jornalísticos mais interpretativos e o recurso a vozes alternativas, nomeadamente de mulheres subreviventes, são outras das medidas preconizadas pela autora."
não é preciso ir muito longe para apurar estas coisas, visto no jn...

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