30.1.08

pertenço a tudo para pertencer cada vez mais a mim própria

Eu adoro todas as coisas
E o meu coração é um albergo aberto toda a noite.
Tenho pela vida um interesse ávido
Que busca compreendê-la sentindo-a muito.
Amo tudo, animo tudo, empresto humanidade a tudo,
Aos homens e às pedras, às almas e às máquinas,
Para aumentar com isso a minha personalidade.

Pertenço a tudo para pertencer cada vez mais a mim próprio
E a minha ambição era trazer o universo ao colo
Como uma criança a quem a ama beija.
Eu amo todas as coisas, umas mais do que as outras,
Não nenhuma mais do que a outra, mas sempre mais as que estou vendo.

Alberto Caeiro


Depois de 10 dias de abstinência em relação à minha netdependência, por ter mudado de burro para burro em matéria de fornecedor de ADSL, em visita à Gi e aos seus pequenos nadas, reli este poema de Pessoa que corresponde ao meu estado de espírito de hoje.

Embora esteja danada com mais incompetência dos profissionais que trabalham para estas empresas que pensam ter todos os direitos e ter perdido a possibilidade de editar os três posts que já estavam alinhavados, fora uma série de outros inconvenientes mais o tempo perdido para encontrar uma solução, por já estarem desactualizados, ainda consigo ver a beleza que por aí circula...

2 comments:

Anonymous said...

Sinto-me lisonjeada por ter sido a primeira :)
Um beijinho!

Gi said...

Tamb�m eu gosto de ter a beleza por perto e tu fazes-me falta :)

um beijo

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