8.12.07

a realidade da cimeira dos ditadores...



No início dos anos 90, tive opurtunidade de ver uma exposição fabulosa sobre Albert Schweitzer, no grande hall do Centro Pompidou em Paris, com fotografias a preto e branco sobre o seu trabalho de médico em Lambarena no Gabão. No meio de condições precárias de vida e de trabalho destacava-se o seu piano. Pouco tempo depois a Virgin editou um CD, em homenagem ao prémio Nobel da Paz, que é o resultado do encontro das paixões musicais daquele homem excepcional e da música tradicional africana, de que é um exemplo a faixa que aqui coloco e da playlist que tenho agora no imeem.

"Albert Schweitzer (14 de janeiro de 1875, Kaysersberg - 4 de setembro de 1965, Lambaréné, Gabão) foi um teólogo, músico, filósofo e médico alsaciano.

Albert Schweitzer nasceu em Kaysersberg, na Alsácia, pouco tempo depois de integrada no Império alemão (hoje, como antes, uma região administrativa francesa).

Formou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Strasburgo, onde, em 1901, o nomearam docente. Tornou-se também um dos melhores intérpretes de Bach e uma autoridade na construção de órgãos.

Aos trinta anos, gozava de uma posição invejável: trabalhava numa das mais notáveis universidades européias; tinha uma grande reputação como músico e prestígio como pastor de sua Igreja. Porém, isto não era suficiente para uma alma sempre pronta ao serviço. Dirigiu sua atenção para os africanos das colônias francesas que, numa total orfandade de cuidados e assistência médica, debatiam-se na dura vida da selva.

Em 1905, iniciou o curso de medicina, e seis anos mais tarde, já formado, casou-se e decidiu partir para Lambarené, no Gabão, onde uma missão necessitava de médicos. Ao deparar-se com a falta de recursos iniciais, improvisou um consultório num antigo galinheiro e atendeu seus pacientes enfrentando obstáculos como, o clima hostil, a falta de higiene, o idioma que não entendia, a carência de remédios e instrumental insuficiente. Tratava de mais de 40 doentes por dia e paralelamente ao serviço médico, ensinava o Evangelho com uma linguagem apropriada, dando exemplos tirados da natureza sobre a necessidade de agirem em beneficio do próximo.

Com o início da I Grande Guerra, os Schweitzer foram levados para a França, como prisioneiros de guerra. Passaram praticamente todo o período da guerra confinados num campo de concentração, neste período Albert escreveu sobre a decadência das civilizações.

Com o final da guerra, reiniciou seus trabalhos como se nada tivesse acontecido, e ante a visão de um mundo desmoronado, dizia: “começaremos novamente, devemos dirigir nosso olhar para a humanidade”. Realizou uma série de conferências, com o único intuito de colher fundos para reconstruir sua obra na África. Tornou-se muito conhecido em todos os círculos intelectuais do continente, porém, a fama não o afastou de seus projetos e sonhos.

Após sete anos de permanência na Europa, partiu novamente para Lambarené. Desta vez acompanhado de médicos e enfermeiras dispostos a ajudá-lo. O hospital foi levantado numa área mais propícia, e com o auxílio de uma equipe de profissionais pode dedicar algumas horas de seu dia a escrever livros, cuja renda contribuía para manter os pavilhões hospitalares.

Extasiou o mundo com sua vida e sua obra, e em 1952, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, como humilde homenagem a um “Grande Homem”.

Morreu em 4 de setembro de 1965, em Lambaréné, no Gabão."

Texto tirado da Wikipédia a que fiz duas ou três correcções. O hospital e a Fundação.


5 comments:

PostScriptum said...

Temo que tb no Ocidente possamos arranjar imagens semelhantes. Mas no essencial da mensagem estou contigo.

PostScriptum said...

Lamento, mas só agoa li o texto. Na realidade parece-me que não estava cá. vou ler

PostScriptum said...

"O exemplo não é a principal coisa para influenciar as pessoas. É a única".
Albert Schweitzer

Penso que esta frase dita por ele próprio é mais do que elucidativa.
Catapulta - a ser seguida - o Homem para a sua verdadeira dimensão.

e-ko said...

tens razão o texto ainda aqui não estava. com os problemas que tenho com o computador desde hà algum tempo, vai tudo abaixo e tenho de recomeçar depois de esperar que o processador arrefeça e de ter passado algum tempo a corrigir erros informáticos.

a imagem é só uma imagem magnífica. claro que na Europa, e em particular em Portugal, podemos ver crianças como estas, brancas ou de qualquer outra cor, mas, nem é preciso ir buscar imagens chocantes e talvez seja preciso dizer que é ainda mais difícil ser-se pobre num país rico do que num país pobre... porque tudo tem um preço muito mais elevado...

PostScriptum said...

Deixei dois links para aqui. Um para este post e outro para um outro que está mais abaixo. De alguma forma têm a ver com o que escrevi.
Beijo

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