Como ainda não pude ler na totalidade, e por conseguinte traduzir, a entrevista de Chomsky que tinha prometido, vai ficar para de aqui dois ou três meses quando estiver disponível integralmente no site do Le Monde diplomatique, vou apenas aqui deixar a introdução e a resporta à primeira pergunta:
"A aquisição de grandes jornais - Wall Street Journal, nos US e os Échos, em França (e parece que o Murdoch quer atirar-se ainda ao NYTimes, segundo diz o Filipe) - por homens afortunados habituados a vergar a verdade ao sabor dos seus interesses, a mediatização ostensiva de Nicolas Sarkozy, a canibalização da informação, pelo desporto, pela meteorologia e os "faits divers", o todo envolto num deboche de publicidade, a comunicação é um instrumento de governação permanente dos regimes democráticos.
D.Mermet: Comecemos pela questão dos médias. Em França, em maio de 2005, aquando do referendo sobre o tratado de Constituição Europeia, a maior parte dos órgãos de imprensa eram pelo "sim" e, no entanto, 55% dos franceses votaram "não". A força de manipulação dos média não parece tão absoluta. Será que este voto dos cidadãos representa também um "não" aos média ?
N.Chomsky: O trabalho sobre a minipulação mediática ou a fábrica do consentimento, feita por Edward Herman e por mim, não aborda a questão dos efeitos dos médias sobre o público. É um assunto complexo, mas algumas pesquisas aprofundadas realizadas sobre este tema sugerem que, na realidade, a influência dos médias é mais importante sobre a fracção de população com maior nível de educação. A massa da opinião pública parece menos tributária do discurso dos médias"
A continuar um destes dias...
"A aquisição de grandes jornais - Wall Street Journal, nos US e os Échos, em França (e parece que o Murdoch quer atirar-se ainda ao NYTimes, segundo diz o Filipe) - por homens afortunados habituados a vergar a verdade ao sabor dos seus interesses, a mediatização ostensiva de Nicolas Sarkozy, a canibalização da informação, pelo desporto, pela meteorologia e os "faits divers", o todo envolto num deboche de publicidade, a comunicação é um instrumento de governação permanente dos regimes democráticos.
D.Mermet: Comecemos pela questão dos médias. Em França, em maio de 2005, aquando do referendo sobre o tratado de Constituição Europeia, a maior parte dos órgãos de imprensa eram pelo "sim" e, no entanto, 55% dos franceses votaram "não". A força de manipulação dos média não parece tão absoluta. Será que este voto dos cidadãos representa também um "não" aos média ?
N.Chomsky: O trabalho sobre a minipulação mediática ou a fábrica do consentimento, feita por Edward Herman e por mim, não aborda a questão dos efeitos dos médias sobre o público. É um assunto complexo, mas algumas pesquisas aprofundadas realizadas sobre este tema sugerem que, na realidade, a influência dos médias é mais importante sobre a fracção de população com maior nível de educação. A massa da opinião pública parece menos tributária do discurso dos médias"
A continuar um destes dias...
2 comments:
Pareve-me uma conclusão lógica, a desses estudos. Sou mais do que admirador de Chomsky, mas é óbvia a conclusão dos estudos. A maior parte - sobretudo da nossa população - não lê jornais. Fico a aguardar o desenvolvimento.
Bj
infelizmente, tenho a impressão que a a opinião das nossas massas é muito influenciada pelo que há de pior na nossa televisão ... não é uma teoria é só o resultado do que observo e ouço a propósito daqueles programas de "referência" que se copiam uns aos outros e que ocupam a faixa horária da manhã... donas de casa e reformados é do que gastam !
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