Ora aqui está o que é bem revelador de como entendeu e entende a igreja manter o seu poder sobre a sociedade. A lei de despenalização do aborto, quase identica à nossa, funciona em Espanha e não funciona aqui porque uma parte da classe médica (ver a origem social de onde ela provém, maioritáriamente) se tem, discricionariamente, oposto a aplicar a lei vigente.
Agora que, mesmo não sendo vinculativo, o resultado do referendo, apontando apesar de tudo para uma evolução em favor duma resposta positiva, e que a lei será alterada para evitar ambiguidades e intrepretações oportunistas, vem a igreja pedir à classe médica para exercer a objecção de consciência:
Só que, também, os mesmos que são objectores de consciência no público deixam de o ser no privado. Já foi observado em Espanha e, conhecendo a mentalidade da classe do rectângulo, depressa se chegará à mesma conclusão!
5 comments:
A Igreja no Domingo sofeu a sua primeira derrota nas urnas, porque mesmo nos distritos em que o NÃO ganhou e nas ilhas, o SIM teve uma subida extraordinária. Cerca de 20% em Braga e Bragança dá que pensar. Resta-lhe este apelo desesperado aos médicos, uma vez que o seu bastonário {outro dos derrotados} fez campanha activa pelo NÃO. Estou convencida que o dia 11 de Fev. mudou muitas consciências e as suas objecções.
Espero que tenha realmente mudado alguma coisa, e que as pessoas sintam que podem distanciar-se das posições fundamentalistas da igreja, porque a classe médica tem usado dum poder discricionário flagrante!
Obrigado...
Ton regard sur la situation aujourd'hui, vu de l'intérieur m'intéresse tout particulièrement !
je pars à Lisbonne dimanche 25 février...
Ma cher Paola,
bienvenue à ce petit regard sur la réalité du país d'origine de tes ancêtres!
Bom dimanche!
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