Do El Mundo em linha, esta interessante entrevista, a que suprimi as perguntas, com Gore Vidal:
“Procuro informar-me sobre o que se passa, mesmo que seja muito difícil. Vivemos numa ditadura e gostamos da ditadura. Temos um governo fascista que controlou os médias a seu bel prazer. Os republicanos montaram um “impeachment” ao Clinton porque alguém lhe fez uma mamada e agora falta-nos coragem para avançar com o “impeachment” do Bush por violar sistematicamente a Constituição Americana …”
“Cem anos para reparar todo o mal que nos fez Bush.”
“Estão a preparar-se para atacar o Irão, com um conjunto de mentiras ou insistindo na iminência da ameaça, como fizeram com Sadam Hussein. Acusaram-no falsamente pelo 11 de setembro, foi capturado e enforcado: é essa a justiça americana.”
Em “Guerra Perpétua para uma Paz Perpétua” Gore-Vidal fala de um golpe de estado por trás do 11 de setembro e explica: “ não foi cometido directamente por Bush mas por Dick Cheney e os falcões do Pentágono. Foi um pacto parecido com um que se fez no Japão no século XVII: um “Mikado” sem poder, nas mãos de um vice-presidente “Shogun” e seus acessores guerreiros. Só faltava um “casus belli” para lançar toda a sua artilharia de mentiras, e logo esse conceito militarista e orweliano de guerra contra o terror, que mais não é que uma adaptação da guerra fria inventada por Truman.”” Lançado em todo o caso por Ossama Bin Laden e mais uns dois ou três, e não por um exército de milhões de islamistas radicais, como fizeram acreditar. E não supostamente por Sadam Hussein.”
“Um dossier de informação intitulado “Bin Laden, disposta a atacar os Estados Unidos“ foi entregue ao presidente umas semanas antes. Ali se advertia para a possibilidade de atentados usando aviões comerciais. Serão precisas mais provas? O que se passa é que temos um presidente tão preguiçoso que nem se dá ao trabalho de ler as informações que lhe são destinadas… esse sim, terá sido capaz de ter cometido todas as ilegalidades possíveis, desde a espionagem dos cidadãos à suspenção do habeas corpus e as detenções sem fim, desde detenções e torturas nas prisões secretas… Vocês têm as corridas de touros. Nós temos gente a torturar e matar noutros países.”
“O império acaba-se porque se acaba o dinheiro: a avidez levou-nos à ruína, assim acabam todos os impérios incluindo o espanhol. Os Estados Unidos acabarão por encontrar classificação entre a Argentina e o Brasil”
À pergunta se a situação internacional seria diferente se tivesse chegado à Casa Branca o seu primo afastado Al Gore: “Não creio. É muito tímido. Foi-o para reclamar os resultados dumas eleições que ganhou e que lhe roubaram o juiz Scalia e os seus acólitos do Tribunal Supremo… Não estaríamos seguramente no Irak e nem no Afeganistão muito provavelmente.”
Como conselho a um próximo presidente diria: “Que reveja a história e recorde as palavras do presidente Washington: “As nações não devem deixar-se levar por paixões a favor ou contra as outras nações, porque as paixões escravizam… Lembre-se que os Estados Unidos têm só interesses, não paixões.”
Lamentavelmente, o desejo de exportar o nosso sistema converteu-se já não numa paixão, mas numa obsessão. Cada Calígula da história terá querido propagar a sua própria versão da democracia, para que outros países “sejam tão felizes como nós”.”
“Procuro informar-me sobre o que se passa, mesmo que seja muito difícil. Vivemos numa ditadura e gostamos da ditadura. Temos um governo fascista que controlou os médias a seu bel prazer. Os republicanos montaram um “impeachment” ao Clinton porque alguém lhe fez uma mamada e agora falta-nos coragem para avançar com o “impeachment” do Bush por violar sistematicamente a Constituição Americana …”
“Cem anos para reparar todo o mal que nos fez Bush.”
“Estão a preparar-se para atacar o Irão, com um conjunto de mentiras ou insistindo na iminência da ameaça, como fizeram com Sadam Hussein. Acusaram-no falsamente pelo 11 de setembro, foi capturado e enforcado: é essa a justiça americana.”
Em “Guerra Perpétua para uma Paz Perpétua” Gore-Vidal fala de um golpe de estado por trás do 11 de setembro e explica: “ não foi cometido directamente por Bush mas por Dick Cheney e os falcões do Pentágono. Foi um pacto parecido com um que se fez no Japão no século XVII: um “Mikado” sem poder, nas mãos de um vice-presidente “Shogun” e seus acessores guerreiros. Só faltava um “casus belli” para lançar toda a sua artilharia de mentiras, e logo esse conceito militarista e orweliano de guerra contra o terror, que mais não é que uma adaptação da guerra fria inventada por Truman.”” Lançado em todo o caso por Ossama Bin Laden e mais uns dois ou três, e não por um exército de milhões de islamistas radicais, como fizeram acreditar. E não supostamente por Sadam Hussein.”
“Um dossier de informação intitulado “Bin Laden, disposta a atacar os Estados Unidos“ foi entregue ao presidente umas semanas antes. Ali se advertia para a possibilidade de atentados usando aviões comerciais. Serão precisas mais provas? O que se passa é que temos um presidente tão preguiçoso que nem se dá ao trabalho de ler as informações que lhe são destinadas… esse sim, terá sido capaz de ter cometido todas as ilegalidades possíveis, desde a espionagem dos cidadãos à suspenção do habeas corpus e as detenções sem fim, desde detenções e torturas nas prisões secretas… Vocês têm as corridas de touros. Nós temos gente a torturar e matar noutros países.”
“O império acaba-se porque se acaba o dinheiro: a avidez levou-nos à ruína, assim acabam todos os impérios incluindo o espanhol. Os Estados Unidos acabarão por encontrar classificação entre a Argentina e o Brasil”
À pergunta se a situação internacional seria diferente se tivesse chegado à Casa Branca o seu primo afastado Al Gore: “Não creio. É muito tímido. Foi-o para reclamar os resultados dumas eleições que ganhou e que lhe roubaram o juiz Scalia e os seus acólitos do Tribunal Supremo… Não estaríamos seguramente no Irak e nem no Afeganistão muito provavelmente.”
Como conselho a um próximo presidente diria: “Que reveja a história e recorde as palavras do presidente Washington: “As nações não devem deixar-se levar por paixões a favor ou contra as outras nações, porque as paixões escravizam… Lembre-se que os Estados Unidos têm só interesses, não paixões.”
Lamentavelmente, o desejo de exportar o nosso sistema converteu-se já não numa paixão, mas numa obsessão. Cada Calígula da história terá querido propagar a sua própria versão da democracia, para que outros países “sejam tão felizes como nós”.”
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