Ferrugem nº 3
Depois foste-te embora
As tuas mãos calejadas e cansadas
No seu corpo metálico
Depois foste-te embora
E nunca lhe perdoaste a ferrugem
Do seu corpo metálico
Depois foste-te embora
Amarrado a saudades perdidas
E ao seu corpo metálico.
Aterrada. Como uma nave espacial que enferruja.
Décadas de dissolução e enxofre.
Marte na terra.
Morte na terra.
Morte na terra.
Quente e serêna. Ainda
Falta o anoitecer mais uma vez.
E os pulmões cegos de ar demasiado quente
E sêco anseiam pela brisa nocturna.
Uma rã canta o rio antiquíssimo.
Depois foste-te embora
As tuas mãos calejadas e cansadas
No seu corpo metálico
Depois foste-te embora
E nunca lhe perdoaste a ferrugem
Do seu corpo metálico
Depois foste-te embora
Amarrado a saudades perdidas
E ao seu corpo metálico.
Aterrada. Como uma nave espacial que enferruja.
Décadas de dissolução e enxofre.
Marte na terra.
Morte na terra.
Morte na terra.
Quente e serêna. Ainda
Falta o anoitecer mais uma vez.
E os pulmões cegos de ar demasiado quente
E sêco anseiam pela brisa nocturna.
Uma rã canta o rio antiquíssimo.
Para a E-Ko
3 comments:
Oh, bem...
Já me estou a sentir tímido.
Os meus poemas assim a acompanhar os outros como bons amigos.
Fico tímido.
Gosto muito dos teus traços, Teresa.
Um beijo.
Momento muito bonito. Nem deveria interromper ou acrescentar letras mas tb, sou humana. Não resisto à beleza, a comentá-la.
A música do blogue tb como sempre, *****
Bj,
M.
@provavelmente talisca
e que tal publicar um livro com os teus poemas e as minhas imagens...
é uma ideia!
@moriae
a casa está aberta a todos e os comentários são o nosso prémio.
bj
voltem sempre
teralmat
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