24.7.07

ferrugem II


Semeamos corrosão por praias desmedidas
Abandonamos cascos amigos ao vento salgado
Ignoramos os gritos mudos dos colossos perdidos
Olhamos o futuro e vemos quimeras
Viramos a cabeça para o passado e somos cegos
Às nossas acções condensadas e amargas

Perdidos num qualquer autocarro sem destino
Olhamos a paisagem e derramamos nela ferrugem.

2 comments:

Bayushiseni said...

Querida Teresa:

É com delícia que vejo as minhas palavras acompanhadas de si. Fico feliz como um menino que largou no lago o seu primeiro barquinho à vela e o vê deslizar para o horizonte. Num misto de espanto e medo.

Obrigado.

Com ternura.

Bayushiseni said...

Querida Teresa:

Deixo-lhe algo no Mertolassombro.

Espero que goste.

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