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Campeão tradicional das causa da FOX, sem nada que o preocupe, José Manuel Fernandes encarnicou-se durante o mês de Dezembro na defesa das árvores de Natal, dos presépios e das iluminações natalícias com símbolos religiosos (Nossas-Senhoras feitas com lâmpadas, sempre lindíssimas, como se sabe, sem as ruas de Lisboa empalideceriam sem solução).
Ateus e nihilistas como eu poderiam pensar que talvez valesse a pena discutir outras coisas: como a economia está numa situação miserável, o desemprego altíssimo, a desigualdade continua a aumentar, a dívida externa tem proporções bíblicas, os empresários revelaram-se um bando de ladrões desalmados, o parlamento é um sinédrio de malfeitores onde cada um tenta amealhar o que pode sem preocupações morais, ideológicas ou outras, 35% dos portugueses declararam que querem ser espanhóis, o ensino é um fracasso retumbante, as estradas matam mais pessoas do que em qualquer outro país do mundo, a justiça só pune os pobres... e seriam precisas aqui seis horas para enunciar o resto das misérias nacionais, das quais uma das piores é de certeza a qualidade dos jornalistas e do jornalismo.
Mas para José Manuel Fernandes o problema que mais aflige o país, que mais ameaça dissolver a cola social e mergulhar Portugal no caos baço do nihilismo, que mais insulta a generosidade católica dos portugueses (eloquentemente demonstrada para com os iraquianos, por exemplo, com a nossa participação na coligação da invasao), é a Guerra ao Natal.
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post de Filipe, a ler na íntegra, assim como outros, no seu blog OESTE BRAVIO
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